Quantcast
Channel: arte – Viés | O outro lado da rede
Viewing all articles
Browse latest Browse all 18

Na ponta dos pés: Ballet em cena

$
0
0

Leveza, sutileza, sapatilhas e música clássica. Esses são itens indispensáveis para quem dança ballet (ou balé, como o brasileiro costuma escrever e falar) clássico. Entretanto, muitas pessoas com quem convivo ou já conversei, admitem que acham o ballet uma chatice. Eu faço parte da pequena porcentagem que ama ballet e o considera uma arte.

Talvez minha estreita relação e admiração com essa dança se deva ao fato de ter feito aulas durante 5 lindos anos de minha vida. Ganhei condicionamento físico, flexibilidade, energia e principalmente ritmo. Outras modalidades de dança pelas quais já passei (danças folclóricas, flamenco e hip-hop) se tornaram muito mais fáceis de aprender; e devo tudo isso ao ballet. Por ser uma atividade que trabalha todo o corpo, além do equilíbrio e concentração, ele se torna completo. Assim como a natação, é reconhecido como uma das ações mais importantes para o desenvolvimento do corpo e da mente.

Infelizmente, há ainda muito preconceito com bailarinos de dança clássica. O pré-conceitode que ballet é ‘coisa de

Dueto

Pas de deux (dueto)

menina’ cai por terra quando se assiste a um vídeo em que bailarinos homens dão show em grandes companhias internacionais ou quando se lê que o melhor bailarino do mundo é brasileiro. Mas não é só com os homens o comportamento hostil que se enfrenta; experimente dizer que teu sonho é ser bailarina para ouvir: “- Tu vais morrer de fome porque dançar não dá dinheiro!” Uma pena que eu não tenha talento e joelhos dedicação suficientes para poder viver meu sonho: viver de dança, mais especificamente, do ballet clássico.

Tive a oportunidade maravilhosa de ver o corpo de baile da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, única no mundo fora da Rússia – para quem não sabe, o Ballet Bolshoi é um dos mais importantes do mundo – dançando na abertura do Bento em Dança, em 2010. Foi uma das experiências artísticas mais incríveis que já tive, e que reacendeu meu desejo de voltar aos palcos tablados das salas de aula.

O ballet clássico de repertório é aquele que, como o próprio nome diz, traz os passos clássicos desde que foram ensinados, nos primórdios da modalidade. Não sofreram grandes variações desde que foram compostos, com exceção dos traços dos diferentes bailarinos e companhias que os apresentam. Entre eles, estão “O Lago dos Cisnes”, famoso pelo filme Cisne Negro (2011) de Darren Aronofsky (muito bem retratado neste post), “O Quebra-Nozes”, “Giselle”, “La Bayadere” e muitos outros. Segue então, o link para um vídeo de uma das melhores bailarinas da atualidade (para mim!), Marianela Nuñez e do bailarino brasileiro Thiago Soares, que nada mais, nada menos, já foi primeiro-bailarino do Royal Opera House, o ballet mais importante de Londres.

Se deliciem enquanto eu continuo sonhando com a minha volta aos palcos.


Viewing all articles
Browse latest Browse all 18